Quando o assunto é saúde o ditado “Errar é humano” raramente deveria ser ouvido no ambiente hospitalar. Erros, que poderiam ser evitados, causam sérios prejuízos para pacientes e impactam negativamente a imagem de hospitais.

Acompanhe nesse artigo como as instituições de saúde adotam o uso de tecnologia hospitalar para reduzir erros humanos e promover a segurança do paciente.


Eventos adversos

Em 2019, o caso envolvendo um paciente que aguardava transplante de rim chamou atenção. Havia dois pacientes com o mesmo nome e mesma faixa etária na fila de transplantes. O transplante foi realizado com sucesso mas, no paciente errado. O fato aconteceu no Hospital Virtua Our Lady of Lourdes em Camdes, Nova Jersey, EUA. Em nota, o Hospital comentou: “Temos uma profunda responsabilidade pelas pessoas que literalmente colocam suas vidas em nossas mãos. Erros dessa magnitude são raros e, apesar das circunstâncias incomuns de identidades semelhantes de pacientes, verificações adicionais teriam evitado esse erro”.

O uso de checklist indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para verificação de segurança cirúrgica é essencial para evitar esse tipo de evento adverso. Para saber mais sobre eventos adversos, veja o artigo “Como reduzir eventos adversos”.

Nesse ponto, para garantir a segurança do paciente cirúrgico, é importante a atuação do profissional de saúde. É fundamental o questionamento: o paciente confirmou sua identidade, o procedimento e seu consentimento? Seguir as orientações recomendadas no “Protocolo para Cirurgia Segura” (Ministério da Saúde/Anvisa/Fiocruz) também contribuirá para a realização de um bom procedimento cirúrgico.


Falhas na administração de medicamentos

Rigorosas verificações são necessárias para fortalecer a segurança cirúrgica. A mesma cautela também é essencial para a correta administração de medicamentos.

Em 2017, foi realizada a “Segunda Cúpula Ministerial Global de Segurança do Paciente” em Bonn, Alemanha. Nessa ocasião foi lançado o programa Medication Without Harm visando reduzir pela metade, até o ano 2022, os danos graves e evitáveis relacionados a medicamentos. Essa ação demonstra que o tema é de preocupação internacional.

Falhas na administração de medicamentos podem ter diversas origens. Trocas de plantão e cansaço físico do profissional de enfermagem são algumas situações críticas geradoras de possível ineficiência operacional. O uso de tecnologia hospitalar para comunicação dos profissionais, identificação do paciente e de procedimentos; são ações recomendadas para a redução de eventos adversos.


Estatísticas alarmantes
Em 2017 o IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar e o Instituto de Pesquisa da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (Feluma) produziram um relatório de mortes por eventos adversos no Brasil.

O relatório foi apresentado no 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil e indicou que, em 2017, erros e falhas em hospitais causaram 6 mortes por hora no Brasil. A pesquisa ainda apontou que 66% dos óbitos causados por “eventos adversos graves” poderiam ter sido evitados. O estudo foi feito em todo o sistema hospitalar do Brasil e retrata o cenário preocupante da rede de saúde pública e privada.


Tecnologia beira-leito
A checagem beira-leito é considerada solução adequada para assegurar qualidade no atendimento e segurança do paciente. Consiste no uso de dispositivo móvel para verificação de prescrições médicas. . Isso permite ao usuário, acesso e atualização de informações vitais do paciente em tempo real.


Funcionalidades

Com o uso de tecnologia móvel o aplicativo é capaz de consultar os dados de pacientes direto na base do ERP hospitalar. É possível verificar informações sobre administração de medicamentos como: características, horários de aplicação e dosagem.


Objetivos
O beira-leito digital auxilia no combate a eventos adversos. Na prática, seu funcionamento consiste em ler por meio de um dispositivo a pulseira de identificação do paciente, o crachá do enfermeiro e o código de barras do medicamento. Com isso, ocorre a liberação do procedimento e o registro de importantes informações sobre o paciente.


Eficiência
Aderir ao “Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos” (Ministério da Saúde/Anvisa/Fiocruz) é essencial para promover a segurança do paciente.

Por exemplo, para ser considerado “Paciente certo” o protocolo indica a importância de perguntar ao paciente seus dados e verificar as informações contidas na pulseira de identificação que deverá conter, no mínimo, dois identificadores como: nome completo, nome completo da mãe, data de nascimento e número de prontuário. Quanto ao “Medicamento certo” o protocolo enfatiza que a identificação de pacientes alérgicos deverá ser feita de forma diferenciada com o uso de pulseira e aviso em prontuário.

Um sistema de identificação que utilize pulseiras com código de barras e scanner coletor de dados aumenta consideravelmente o nível de segurança durante a realização do cuidado médico. O profissional de saúde poderá scannear a pulseira de identificação antes de cada procedimento indicado nos “9 certos”.  Esse processo permite que os dados coletados na pulseira sejam, por exemplo, comparados com os dados do código de barras de medicamentos registrados no prontuário eletrônico do paciente. Isso garante que o “medicamento certo” será administrado para o “paciente certo” na “hora certa”, o que constitui uma barreira para eventos adversos. Para saber mais sobre eventos adversos na administração de medicamentos, veja o artigo “Eventos adversos evitáveis – por que ainda acontecem”.


Benefícios
Visto que o aplicativo é um modulo do sistema ERP hospitalar e acessa o Prontuário Eletrônico do Paciente, o uso da solução eleva a eficiência operacional ao próximo nível ao passo que promove a segurança do paciente. Veja algumas implicações:

– Identificação correta do paciente => Atende ao “Protocolo de Identificação do Paciente” (Ministério da Saúde/Anvisa/Fiocruz);

– Prevenção de eventos adversos por falhas na identificação do paciente => Evita a materialização de riscos;

– Aplicação do medicamentos => Atende ao princípio dos “9 certos”(Paciente certo; Medicamento certo; Via certa; Hora certa; Dose Certa; Registro certo; Ação certa; Forma certa; Resposta certa), conforme “Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos” (Ministério da Saúde/Anvisa/Fiocruz);

– Capacidade de acesso aos dados da farmácia via ERP Hospitalar => Facilita controle de estoque e cobrança de materiais e medicamentos consumidos, o que impacta diretamente o setor financeiro da instituição.  Veja o artigo “A importância da rastreabilidade de medicamentos para a segurança do paciente”

– Boas práticas de segurança => Mobilidade e agilidade em avaliações para a tomada de decisões pela equipe de saúde;

– Melhor jornada do paciente => Transmite ao paciente confiança no tratamento a que é submetido;

– Auxílio ao profissional de saúde => Permite ao profissional de saúde realizar com maior agilidade e eficiência as rotinas hospitalares em enfermagem.

Perspectivas
À medida que o tempo passa, as demandas hospitalares tendem a aumentar. Epidemias afetam populações elevando o sinal de emergência internacional contra a disseminação de doenças. É necessário que os hospitais estejam equipados para combinar segurança com celeridade na jornada de atendimento aos pacientes. A tecnologia beira-leito está disponível para adequar ambientes hospitalares ao cenário atual.

 

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